Para o cognitivismo, a aprendizagem consiste na aquisição e categorização da nova informação. Esta informação se adquire ao interagir com a realidade e se dá por meio dos sentidos. Uma vez adquirida pelos sentidos, a informação se organiza, levando à criação de novos conceitos ou modificando os pré-existentes. Por essa razão, considera-se a aprendizagem como um processo ativo de associação e construção. A aprendizagem é vista como um processo de relação, envolvendo o sujeito e o mundo externo, em uma perspectiva de interação. É quando o processo de organização das informações integra-se às estruturas cognitivas do sujeito.
O cognitivismo compartilha vários expoentes do construtivismo, já que a maioria deles desenvolveu conceitos que aportaram ambas as teorias de aprendizagem. Os principais expoentes do construtivismo são Piaget, Wallon e Vygotsky. Vários são os autores com importância para o cognitivismo, entre eles podemos citar: David Paul Ausubel, Jerone Bruner, Albert Bandura e Benjamin Bloom.
David Paul Ausubel, que traz o conceito de Aprendizagem Significativa é considerado o pai do Cognitivismo. Jerone Bruner traz o ensino estruturado em sequências didáticas e o currículo em espiral. Albert Bandura apresenta “Uma Teoria de Aprendizagem Social”, e em sua Teoria Cognitiva Social, ele afirma que os seres humanos aprendem por meio da observação, imitação e exemplo dos demais, tendo sido sua aprendizagem influenciada pela observação do comportamento dos outros e sua consequência. Benjamin Bloom propôs, em 1956, o que chamou de “Taxonomia dos Objetivos Educacionais”, uma classificação de objetivos de processos educacionais, isto é, classificar os objetivos de acordo com o nível requerido para a aprendizagem.
Esses quatro autores enriqueceram as teorias que fazem parte do Interacionismo com contribuições das neurociências, trazendo para o século XXI um Interacionismo renovado. A chegada do Ensino Híbrido, que tem em sua essência o cognitivismo, trouxe consigo as Metodologias Ativas, enriqueceu e vem constituindo a prática pedagógica do Colégio da Lagoa em seu processo de implantação dessas metodologias.
Híbrido significa misturado, mesclado, ou blended. Híbrido é um conceito rico, apropriado e paralelamente complicado. A mistura mais complexa é integrar o que vale a pena aprender, com qual finalidade e como fazê-lo. O ensino é híbrido, também, porque todos somos aprendizes e mestres, consumidores e produtores de informação e de conhecimento.
As Metodologias Ativas que compõem o Ensino Híbrido trazem práticas como a Aula Invertida, na qual o aluno deixa de ser mero espectador para ser protagonista de seu processo de aprendizagem, desenvolvendo a responsabilidade pelo seu aprender. Práticas como Rotação por Estações, Laboratório Rotacional, dentre outras, também fazem parte dessa proposta de trabalho.